Hoje vou dar algumas dicas para vocês, de como escolher o melhor módulo amplificador para seu som automotivo!
Vamos apresentar um tutorial completo, de forma mais rápida, simples e didática possível, respondendo algumas das principais dúvidas como:
- Qual a relação de potência/valor em rms do módulo com a do alto falante? Podemos aplicar mais potencia? Menos potência?
- Qual a quantidade de canais deve ter? Módulo estéreo ou mono?
- Qual impedância?
- E quais as marcas de maior renome nacional?
E para facilitar ainda mais, vamos dar alguns exemplos dos sistemas mais utilizados no mercado e consequentemente os modelos de amplificadores mais utilizados para eles.
Vamos lá!
Qual a relação de potência/valor em rms do módulo com a do alto falante?
Na hora de escolher seu amplificador, basta escolher um com o valor entre a nominal ou musical, dobro da potência.
Veja também: Qual módulo amplificador é melhor?
Caso tenha mais experiencia, aplicar o dobro da potência em alto falante de alto desempenho, vai resultar em um desempenho mais elevado, porém requer mais atenção na utilização execução do projeto.
Caso seja iniciante, o ideal é escolher um com o valor mais próximo da potência nominal, pois ele vai receber menos energia e vai esquentar menos, diminuindo as chances de queima por algum erro na utilização (o que a garantia não cobre) como distorção no som ou falhas no projeto do sistema, como cabos finos, caixa errada, falta de bateria etc.
Há ainda a opção para quem quer ter um risco ainda menor risco de queimar o alto falante, que é escolher um módulo amplificador mais fraco.
Essa opção é muito recomendada principalmente para alto falantes de menor valor em rms, que trabalham com “baixa” quantidade de energia e consequentemente têm menor capacidade de dissipação de calor, como alto falantes de porta, drivers e tweeters.
Apesar de funcionar em alto falante mais fortes, já não tão recomendada esta opção.
Podemos falar que quanto maior for o valor em rms do alto falante, maior a necessidade de utilizar a valor em rms nominal ou o dobro no módulo, pois nestes casos podemos ter problemas de impedância e consequentemente maior distorção e sobreaquecimento dos amplificadores.
Qual a quantidade de canais deve ter?
A quantidade de canais no módulo amplificador serve para diversificar a aplicação do mesmo módulo com alto falantes diferentes.
Um módulo de um canal por exemplo, casa melhor ao trabalhar somente com um único tipo de alto falante, como subwoofers.
Já um módulo de 2 ou mais canais, consegue-se utilizar um canal para amplificar o subwoofer e mais um canal para amplificar outro tipo de alto falante, como drivers e tweeters.
A utilização de um módulo 2 ou mais canais, também é boa para quem deseja mais qualidade com o efeito stereo.
Módulo stereo ou mono? Qual a diferença?
O efeito stereo é o balanceamento do som em 2 canais, do lado esquerdo e direito, mudando a intensidade de som de vozes instrumentos e batidas, para proporcionar maior sensação de palco, como se estivéssemos escutando o show ao vivo de plateia.
É importante ressaltar que esse efeito é possível quando o alto falante da direita e o alto falante da esquerda estão de tal distância um do outro, no qual cada um consegue trabalhar com cada ouvido.
Ou seja, em sistema que o alto falante estão juntos, como corneteiras, não é possível sentir a diferença. Além desse efeito não fazer diferença também em alto falantes de grave.
Não quer dizer que um módulo de 2 canais é melhor que um módulo de 1 canal.
Aliás, está “adição” de canais custa mais, ou seja, geralmente o módulo acaba tendo um preço mais elevado, mas podem reduzir o custo de instalação em comparação a utilizar dois módulos e como dito eles são mais utilizados pela sua versatilidade.
Impedância, aliás, é o ponto que vamos te ajudar a escolher agora.
Qual impedância deve ter o módulo?
Um das coisas mais importantes, é a escolha da impedância de ambos, onde o valor da ligação final dos alto falantes deve casar com a impedância de saída do módulo.
Acesse: Como Casar a Impedância do Alto Falante e Módulo?
Para isso, deve ter uma base de com funciona as contas para ligação em paralelo e em série dos alto falantes. A ligação em paralelo, divide o valor da impedância, e a em série, soma.
A ligação em paralelo, consistem em ligar o positivo de alto falante/bobina no outro positivo do alto falante/bobina, depois basta ligar no positivo e negativo do amplificador normalmente. A conta é impedância dividido pela quantidade de alto falantes bobinas.
Se tenho dois alto falantes de 4 ohms por exemplo, basta fazer 4 ohms, divido por 2 unidades, e temos o resultado de 2 ohms. No caso terá que ligar em um módulo com impedância de saída de 2 ohms no canal.
A ligação em série, consiste em ligar o positivo de um alto falante/bobina no negativo de outro alto falante/ bobina. Vão sobrar um positivo e negativo sem conexão, e estes serão utilizados para ligar no módulo. A conta é impedância do alto falante 1, mais a impedância do alto falante 2, ou impedância, vezes a quantidade.
No exemplo com dois alto falantes de 4 ohms, terá que ligar em um módulo com impedância de saída de 8 ohms no canal.
Ao casar a impedância, terá o sistema funcionando normalmente.
Poderá utilizar impedâncias finais maiores dos alto falantes na saída do módulo, mas ele vai mandar menor potência. Ex: 4 ohms em módulos de 2.
O que não poderá fazer, é utilizar impedâncias finais dos alto falantes menores que a saída do módulo, pois poderá causar danos. Ex: 1 ohm em módulos de 2 ohms.
Agora vamos explicar algumas características que os módulos podem ter, utilizando como exemplos, os modelos mais comuns utilizados no mercado de som automotivo, para ficar mais didático.
Veja também: Qual módulo amplificador é melhor? 1, 2 ou 4 ohms?
Exemplos dos sistemas mais utilizados
Os modelos mais básicos, até 200w rms, geralmente possuem 2 canais de 2 ohms, para oferecer o efeito stereo.
Veja: Como melhor o sistema de som automotivo original?
Oferecem ótima relação custo benefício, são pequenos e sua conexões pode ser via fio ou rca, ótimos para sistemas com player originais.
Outra característica que pode ser importante para quem tem um player original, é que alguns modelos mais modernos, oferecer uma tecnologia de acionamento automático, ao identificar uma boa intensidade de volume chegando, ou seja, não precisam de alguma adaptação para ligar o cabo remoto, que serve para ligar o player, e que não está disponível em sistemas originais.
Possuem resposta amplas e podem ser utilizados para ligar até 4 alto falantes pequenos, de 6 polegadas e até 6×9., ou seja para quem quer somente um pequeno upgrade no sistema de som automotivo interno no carro, sem gastar muito.
Onde temos modelos como o IR160 Stetsom e DS160 Taramps.
Esse modelos funcionam com alto falantes de medio grave e woofers, assim como drivers e tweeter.
Para subwoofers, sai som, mas fica bem ruim.
Então uma solução para quem deseja basicamente o mesmo sistema, mas com subwoofer pequeno de ate em torno de 200wrms, uma boa opção são os módulos de 3 canais básicos, como o TL1500 taramps ou CL1500 trio, onde eles possuem 2 canais stereo e um mono com resposta especialmente voltada para subwoofers.
De 400 à 1200w rms, os mais famosos são os modelos de 4 canais, são os modelos mais comercializados no mercado, pois são muito versáteis.
Nesses modelos, é comum acompanharem, por exemplo, crossovers fixos que fazem os cortes de frequência (ótimos para alto falantes subwoofers) e o ajuste de ganho independente, ambos a cada par de canal, proporcionando ótima versatilidade onde conseguimos colocar 2 ou mais tipos de alto falantes em um único módulo.
Veja um exemplo, de como funciona o crossover fixo:
Geralmente com 3 opções de corte, onde os valores de corte de frequência são pré-determinados (fixos).
– HPF (“elimina o médio e grave, ótimo para drivers tweeters e etc.)
– LPF (“elimina” os médios e agudos, ótimos para alto falantes subwoofers)
– sem corte (Full): ótimo para alto falantes full range ou para quem utiliza um crossover externo.
Apesar de ser menos comum, alguns modelos podem ter uma variação desse crossover embutido, que é o crossover fixo-variável.
Ele oferece as mesma 3 opções (HPF, LPF e sem corte), porém consegue ajustar a opção escolhida (geralmente oferecida no corte hpf) com pouco mais de precisão que em relação ao crossover fixo.
Ex: Escolhi a opção HPF, ou seja, ele vai cortar o grave do sistema (opção fixa), logo após isso pode ajustar de 100hz à 500hz. Se você alterar para a opção LPF, vai perder o Corte HPF.
Para saber se o módulo tem essa característica, verifique as especificações ou foto lateral.
Outra grande vantagem, é que podem possuir opção de ligação em bridge.
Essa ligação permite transformar dois canais em um único, somando sua potência e impedância. Proporcionando também maior praticidade no casamento com alto falantes.
Para verificar a disponibilidade, basta olhar as especificações.
Com exemplos ,temos a linha TS e DS da taramps, Iron e HL da Stetsom e EVO 4.0 Soundigital e .4 da Banda áudio parts.
Veja alguns dos projetos mais utilizados com eles até os modelos de 1200wrms:
- 2 drivers e 2 tweeters;
- Subwoofer + até 4 alto falantes de porta;
- 2 Subwoofers;
- Subwoofer + driver e tweeter;
Há no mercado também os modelos de 2000 à 4000wrms, como o banda elite e PA Stetsom, que estão sendo utilizado para ligar um sistema forte 4 vias ou caixa bob esponja, veja o exemplo:
Os modelos mais comuns de 1 canal, geralmente partem de 800 watts, e além do ajuste de ganho, possuem controle variável do crossover, e com isso temos maior precisão.
O corte HPF (que nesses modelos, pode ser chamado de subsonic filter) e LPF que podem ser ajustados por meio de uma chave variável.
– O HPF faz a mesma coisa que no fixo cortando as frequências baixas.
– Assim como o corte LPF, ele atenua as frequências depois do corte.
O bom desses cortes, é que um não elimina o outro e pode-se utilizar um corte para o começo da resposta e outro para o final da resposta, são ótimos para alto falantes que possuem resposta mais limitada e/ou maiores valores em rms, como médios, woofers e subwoofers, proporcionando maior desempenho ao realizar o corte correto.
Além desses ajustes, alguns modelos possuem também o bass boost.
Esta opção, reforça uma frequência grave no sistema, que pode ser pre-definida pelo fabricante, ou ter uma outra chave que possibilita escolher tal frequência também.
Nesses modelos, de 800 à 12000wmrs ou ate mais, uma vantagem é que fornecem o led clip, que avisa quando há distorção no som, e diminui as chances de queimar seu alto falante.
Além disso, também possuem led de proteção com avisos um pouco mais elaborados, que facilitam identificar algum problema no módulo.
Como exemplo, há a linha MD da Taramps, Vulcan e EX da Stetsom, EVO4.0 soundigital e ICE Xe Viking da banda.
Se vai utilizar um subwoofer por exemplo, há ainda os modelos que possuem resposta mais limitada, feitos somente para a reprodução de graves.
Com isso proporcionam um ajuste mais fino e uma melhor resposta nessa faixa.
Como exemplo temos a Linha BASS Taramps, Electra Banda e DB da Stetsom.
Esses módulos são utilizados para tocar um os mais alto falantes de elevado valor em rms de um mesmo tipo, não importando a quantidade, pois basta casar a impedância.
Como, por exemplo:
- 1 ou mais alto falantes médios, woofers ou subwoofers;
Ou seja, se vai montar um sistema mais forte, poderá utilizar 2 ou mais módulos no sistema para que tenha maior desempenho.
Como, por exemplo:
1 ts400 para os drivers e tweeters e um MD3000 para os alto falantes de grave woofers, em um sistema pancadão.
As marcas de módulos amplificadores mais conhecidas no mercado?
As marcas mais conhecidas no mercado, são as que foram citadas com exemplos, como a taramps, stetsom, banda e soundigital.
Elas possuem ampla linha de módulos além, de outros acessórios para montar o sistema.
Outra marca que também possui ampla linha de amplificadores e também é muito boa é a corzus, assim como a falcon e JBL, porém possuem uma linha para alto falantes até 3000wrms, aproximadamente.
Algumas marcas possuem menor linha de produtos, mas possuem modelos extremamente fortes e robustos, como a Soundmax, Powerus e Powersystems, mais comuns na região nordeste do Brasil.
Veja também: como escolher um módulo amplificador?
Qual o melhor modulo amplificador? 1, 2 ou 4 ohms?
Entusiasta há 14 anos no setor de Som Automotivo e ex-competidor SPL. Participante dos cursos EstudodoÁudio (Renan Lopes) e Curso Avançado de Áudio (MayaSounds).