Para comprarmos qual tipo de coisa, sempre comparamos preços e vantagens de diferentes produtos.
Na compra de produtos para montar seu sistema de som automotivo não é diferente. Porém certas informações irão te ajudara a não gastar dinheiro a toa, e principalmente, não ter dor de cabeça ao utilizá-lo.
Para que escolha um módulo amplificador correto, vamos te dar algumas dicas:
Qual módulo usar para Alto Falante? Subwoofer, Woofer, Driver e Tweeter | Escolher rms
Primeiramente vamos entender como o módulo amplificador atua em meu sistema de som.
Ele precisa de um sinal musical, vindo do CD Player e amplifica esse sinal com a energia da bateria, mandando para os alto falantes.
Porém está energia da bateria, não é totalmente transformada em sinal. Uma porcentagem dele é transformada em calor. Por exemplo: 80% da energia é transformada em sinal musical e 20% é transformada em calor.
Esses 80% é chamado de Eficiência do amplificador, e os fabricantes costumam dar essa informação.
Com os passar do tempo, vários amplificadores foram surgindo no mercado, com o intuito que de melhorar essa eficiência e também algumas características dos modelos.
Foi assim que surgiu diferentes e tecnologias usadas nos Amplificadores. Como, por exemplo, os modelos de Classe D, Mosfet e etc (saiba a diferença entre eles clicando aqui).
Escolhendo o valor em rms do meu amplificador
Para ficar mais fácil de entender, vamos utilizar como exemplo uma bateria de 60 amperes (só para o sistema de som,caso seja a bateria do cofre utilizar como base somente 30-40% da amperagem dela), esta bateria possui uma potência de pico (que geralmente é de 3x ou mais que a capacidade normal), que é utilizada quando eu forço a bateria (ex: no arranque do carro, se utiliza esta “energia de pico”).
Para escolher meu módulo amplificador, vamos utilizar como base somente a capacidade normal da bateria.
Vamos lá!
Para não ficar pesquisando vários módulos no mercado, podemos fazer a seguinte conta para facilitar a procura: amperagem X 20 = potencia de módulo que vou procurar.
No exemplo: 60 amperes x 20 = 1200. Ou seja, vamos pesquisar modelo entra 1200w rms de potência.
Ao procurar essa faixa de potência, utilize como base o consumo musical do módulo amplificador que o fabricante irá informar.
No exemplo, achei um módulo de 1000w rms que tem consumo musical de 57 amperes. Ou seja, para uma bateria de 60 amperes, consegui um módulo de 1000w rms.
Posso utilizar um módulo que consome mais que a minha bateria?
Não é muito recomendado, mas pode usar.
O que irá acontecer?
Vamos utilizar o nosso exemplo, se utilizar uma bateria de 60 amperes e um módulo de 2000w rms com consumo musical de 120 amperes, o módulo vai querer 120 amperes, mas não vou ter.
Ele forçará a bateria para fornecer uma maior quantidade de energia e ela irá utilizar sua capacidade de pico. Porém ao forçar a bateria, também forço meu módulo, e consequentemente ele perde a sua eficiência.
Ou seja, a eficiência que ele tem para mandar 2000w rms, vai ser menor e ele mandará uma menor quantidade de rms. Veja na imagem abaixo:
Qual módulo utilizar para meus alto falantes?
Caso já possua os alto falantes, é bem simples, basta somar os valores em rms dos alto falantes e escolher um módulo adequado. Por exemplo: 2 alto falantes de 500w rms = escolhe um módulo de 1000w rms.
Posso utilizar um módulo mais forte do que a soma dos rms dos meus alto falantes?
Pode.
O Quanto de potência que posso aplicar em meus alto falantes?
Caso, tenha alto alto falantes woofers e/ou subwoofers, pode utilizar a capacidade de pico dos alto falantes, que é e geralmente o dobro do valor em rms do alto falante.
Por exemplo: 2 alto falantes de 500w rms, com potência de pico de 1000 rms = pode escolher um módulo de 2000w rms.
Posso utilizar um módulo mais forte ainda?
Pode, mas o ganho vai ser menor. Ou seja, ao utiliza a potência de pico dos alto falantes ele tem um ganho bom.
A partir desa potência de pico se utilizar ainda mais potência, terá um ganho, mas não tão grande.
Importante: Sempre leve em consideração a energia disponível, não adianta “dobrar” o módulo se não dobrar a energia (amperagem da bateria), senão o ganho vai ser mínimo.
Veja um vídeo de qual potência aplicar em alto falantes:
Pronto escolhemos a potência do meu módulo amplificador. Porém temos que levar em consideração outras características também.
Como por exemplo a a resposta de frequência.
Alguns módulos amplificadores podem amplificar somente alguns tipos de som, por isso é importante que compare essas informações com a do alto falante que irá utilizar.
Outro fator importante, caso utilize tipos de alto falantes que reproduzem somente “um tipo” de som, como subwoofers, woofer,s drivers e tweeters, é importante escolher um módulo que tenha um crossover embutido (ou utilizar um externo).
Em alguns modelos com 2 ou mais canais, pode-se encontrar 2 crossovers embutidos no mesmo módulo, o que pode facilitar na hora da escolha e deixar a instalação do sistema mais “limpa”.
Por exemplo: Subwoofer só reproduzem bem subgraves e graves, se meu módulo mandar agudos para ele, ele irá perder rendimento.
O crossover atua, atenuando as frequências que eu não quero que o alto falante reproduza:
Podemos encontrar modelos com:
Crossover fixo:
Geralmente com 3 opções de corte, onde os valores de corte de frequência são pré-determinados (fixos).
– HPF (“elimina o grave, ótimo para drivers tweeters e etc.)
– LPF (“elimina” os médios e agudos, ótimos para alto falantes subwoofers)
– sem corte (Full);
Este tipo de crossover, é recomendado para subwoofers, drivers, tweeters e alto falantes full-range.
Para utilizar um alto falante woofer em um amplificador com crossover fixo, o ideal é fazer o corte HPF no aparelho de CD ou em um crossover externo.
Caso não queira gastar muito, o woofer também funciona, porém com menos desempenho e com maior risco de queima (só é indicado também em alto falantes woofers de baixo valor em rms, até uns 400w rms)
Crossover Variável:
Geralmente possui cortes HPF e LPF que podem ser ajustados por meio de uma chave variável.
– Neste caso o HPF faz o contrário do que na opção de crossover fixo, ele atenuas as frequências antes do corte, ou seja, geralmente frequências mais graves.
– Logo o corte LPF faz o contrário também do que na opção de crossover fixo, ele atenua as frequências depois do corte, ou seja, frequências mais agudas.
Este tipo de crossover é mais preciso, melhor eé recomendado para alto falantes woofers e alto falantes subwoofers de alta potência.
Crossover Fixo-Variavel:
É um tipo de crossover encontrado mais em modelos de amplificadores do Paraguai.
Ele oferece as 3 opções de corte somente (HPF, LPF e sem corte) onde você deve escolher somente uma, podendo ajustar com pouco mais de precisão que em relação ao crossover fixo.
Porém é pior que um crossover variável.
Ex: Escolhi a opção HPF, ou seja, ele vai corta o grave do sistema (opção fixa), logo após isso pode ajustar de 100hz à 500hz. Se você alterar para a opção LPF, vai perder o Cote HPF. Este tipo de crossover, é recomendado para subwoofers, drivers, tweeters e alto falantes full-range., assim como o fixo.
Veja o post completo: O que é Corte HPF e Corte LPF
Veja um vídeo de como funciona um crossover de som automotivo e para que ele serve:
Outra característica: Impedância de Saída
Qual impedância escolher do meu módulo amplificador? (Veja o post completo: o que é impedância)
Para responder esta pergunta é essencial que saiba realizar os esquemas de ligações entre alto falantes e saber qual o resultado final da impedância.
Por exemplo: Tenho um módulo com saída de 2 ohms = A Ligação final (ideal) dos alto falantes tem que resultar em 2 ohms.
Para fazer a ligação de alto falantes, temos três tipos de ligações: a ligação em série, a ligação em paralelo e a ligação em série-paralelo.
Cada alto falantes tem uma impedância, dada em ohm ou pelo simbolo Ω. Ex: 4 ohms, 4Ω e etc.
Dependendo da forma de ligação dos alto falantes e também da quantidade de alto falantes que está utiulizando, o resultado final de impedância dos alto falantes pode resultar em um valor diferente.
Ao ligar alto falante(s) no módulo, podemos ter três situações:
- Impedância final do(s) alto falante(s) menor que a impedância de saída do canal do módulo amplificador (não pode). EX: alto falantes resultam em 1 ohm e canal do módulo de 2 ohms.
Não é recomendado utilizar desta maneira, pois o amplificador vai esquentar mais e ter alto risco de ter problemas; - Impedância final do(s) alto falante(s) igual à impedância de saída do canal do módulo amplificador (situação ideal), é o famoso “casamento de impedância”. EX: alto falantes resultam em 2 ohms e canal do módulo de 2 ohms;
- Impedância final do(s) alto falante(s) maior de saída do canal do módulo amplificador (pode-se utilizar normalmente, mas há perda de potência).
Onde quanto maior a diferença a impedância final dos alto falantes para o módulo, maior será a perda de potência. Ex:
Módulo 2 ohms + Resultado da ligação dos alto falantes 4 ohms = Perda em torno de 30% – 50%;
Módulo 2 ohms + Resultado da ligação dos alto falantes 8 ohms = Perda em torno de 60% – 80%.É importante saber também que ao utilizar o módulo com “perda de potência”, não há diminuição do consumo.
Exemplo:
Módulo de 1000 rms ligado “errado” mandando 600 rms = Consumo de 1000 rms e potência de 600 rms.
Como ligar alto falante no módulo amplificador:
Qual a quantidade de canais que devo ter no meu módulo amplificador?
A quantidade de canais no módulo amplificador serve para diversificar a utilização do mesmo módulo amplificador. Ou seja um módulo de 2 ou mais canais, consegue atender uma maior quantidade de tipos de som automotivo. Geralmente esses canais também possuem potências casadas, como por exemplo: 1 módulo de 400 rms de 4 canais. 400 divido por 4 = 100 rms.
Não quer dizer que um módulo de 2 canais é melhor que um modulo de 1 canal.
Porém, está “adição” de canais custa mais caro, ou seja, geralmente o módulo acaba tendo um custo maior.
Ponto importante: o canal de um módulo não identifica o quanto de potência que tem que mandar para cada alto falante:
Ou seja, independente do rms dos alto falantes, a potência é divida pela quantidade de alto falantes. Por exemplo: 1 Alto Falante de 800 e outro de 200 rms = 500 rms para o de 800 rms, e 500 rms para o de 200 rms.
Se é justamente este seu caso, ou seja, irá utilizar reprodutores de áudio com valores em rms distintos, a solução é utilizar dois módulos amplificadores.
Esta opção de dois módulos amplificadores é muito comum para sistemas de Trio ou SPL de alta potência, onde se utilizar alto falantes de grava ou médio grave de altos valores em rms (1 módulo) mais cornetas e tweeters ou kit de alto falantes pequenos.
Caso queira montar um sistema com alto falantes com valores em rms altos, porém que tocam em frequências diferentes, pode ainda utilizar mais de 2 módulos. Como por exemplo em um sistema trio de qualidade sonora, onde se utiliza:
- alto falantes para grave (ex: alto falante woofer de 15 polegadas) e um módulo;
- alto falantes para médio (ex: alto falante woofer de 8 polegadas) e mais um módulo;
- Drivers e tweeters juntamente com outro módulo.
Aproveite e veja os posts:
E é isso aí! Com estas informações, já tem uma base de qual módulo utilizar em seu sistema!
Entusiasta há 14 anos no setor de Som Automotivo e ex-competidor SPL. Participante dos cursos EstudodoÁudio (Renan Lopes) e Curso Avançado de Áudio (MayaSounds).