Veja a seguir algumas informações para entender como pode influenciar na escolha e regulagem do seu som automotivo!
Você sabe o que é resposta de frequência?
A resposta de frequência são informações numéricas (podem ser gráficas também) que representam por meio de uma grandeza da física, a frequência em hertz, qual é a “faixa de som” que aquele alto falante ou módulo em questão atua.
Por exemplo, em um alto falante com resposta de frequência de 50hz à 10000hz, quer dizer que a ótima resposta dele fica nessa faixa.
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Não quer dizer que ele não reproduza 49hz ou 10001hz, só quer dizer que a partir dessas frequências, a resposta não é tão eficiente.
Como curiosidade, nos ouvimos sons de 20hz à 20000hz, onde temos 20hz com um som muito grave e 20000hz um som muito agudo.
Deste modo, se um alto falante ou módulo tem uma resposta de frequência atua nessa faixa ou em até uma maior, podemos falar que ele e um modelo full-range.
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Conseguimos entender isso na representação gráfica, também chamada de curva de resposta, onde temos também a relação com o volume do som em cada frequência, com isso temos informações mais detalhadas sobre o desempenho do alto falante.
Veja na linha em vermelho:
No exemplo acima, podemos ver que há uma faixa onde o alto falante tem uma ótima resposta.
E isso não é feito de maneira “aleatória”, pois, no projeto e nos testes para a produção do alto falante, em um alto falante de qualidade, diferentes materiais e técnicas de produção são determinadas pelos engenheiros para conseguir modificar essa faixa de resposta.
Um alto falante de médio-voz, por exemplo, tem maior necessidade de ter uma resposta plana, por isso se utiliza tecnologias e materiais para atingir esse objetivo.
Um alto falante subwoofer, por exemplo, só vai reproduzir uma parte das frequências, somente os subgraves/graves, por isso, pode haver menor necessidade de proporcionar uma resposta plana em uma ampla faixa de frequência, tendo maior foco em melhorar a resposta e SPL nas baixas frequências.
Ou seja, o alto falante ter uma resposta ampla em hertz, dependendo do modelo, não indica necessariamente que um alto falante é melhor ou pior.
Em comparativos, o ideal é analisar o alto falante como um todo, desde as características construtivas, até os dados completos e gráfico de resposta.
Qual a importância da resposta de frequência na hora de escolher o alto falante e amplificador?
Sua importância na hora de escolher um alto falante, depende do tipo de alto falante em questão e também da forma em que ela é mostrada.
Ela é importante ao ponto de se ter um gráfico no folheto técnico para complementar as informações dos parâmetros thielle-small em questão da qualidade sonora, onde podemos comparar alto falantes similares e perceber as suas vantagens e desvantagens nas regiões de trabalho.
Caso não tenha o gráfico de resposta, somente os dados (ex: 20hz à 20000hz), ela se torna importante na hora de escolher o módulo amplificador correto.
Pois, se o amplificador não tiver um ampla resposta, ele pode não servir para seu projeto (ex: 5hz à 500hz).
Pode existir um módulo que só amplifique graves e tenha um resposta mais limitada.
Se tiver somente os dados (ex: 20hz à 20000hz), sem a complementação de um gráfico, fica mais difícil ao comparar modelos de alto falantes que está em dúvida a partir do resposta de frequência, principalmente em modelos de subwoofers, onde outros parâmetros como o FS, sensibilidade e VAS, que são mais importantes.
Tanto que nesses alto falantes que precisam de caixa acústica, não se usa o dado de resposta de frequência para projetar a caixa.
Apesar disso, é necessário entendê-la, pois o software que projeta a caixa, vai retornar a “resposta de frequência” da caixa.
Pode fazer a regulagem a partir da resposta de frequência?
Depende.
Em alto falantes que precisam de uma caixa acústica, como subwoofers e woofers, o ideal é utilizar as informações da caixa para realizar os cortes HPF e LPF.
Veja também: O que é corte HPF e LPF?
Isso acontece, pois a medição da resposta de frequência, é feita aplicando pouca potência no alto falante, em torno de 1w.
E nesses alto falantes onde a resposta é voltada para respostas mais baixas (precisando de uma caixa), terá um alto risco de danificar o alto falante “mecanicamente” ou “eletricamente” se aplicar toda a potência nominal sem o corte correto que case com a caixa, principalmente no corte HPF, que são respostas mais graves e esforçam mais o alto falante.
Em alto falantes de médio e drivers, há menor risco de ter problemas, porém o risco ainda existe.
Nesses alto falantes, pode-se utilizar o final da resposta para se fazer o corte LPF.
Em drivers, as fabricantes sempre indicam o corte recomendado HPF, para conseguir aplicar toda a potência nominal rms.
E ela é sempre maior que o início da resposta do driver.
Em super tweeters, não há esse problema, e poderá utilizar a resposta de frequência para fazer ambos os cortes.
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Como é feita a medição da resposta de frequência?
Ela á uma medição que é feita somente em um local adequado (geralmente uma câmara anecóica, onde a sala não influencia nos resultados de medição) com um microfone, equipamento e programas de computador para essa função.
Entusiasta há 14 anos no setor de Som Automotivo e ex-competidor SPL. Participante dos cursos EstudodoÁudio (Renan Lopes) e Curso Avançado de Áudio (MayaSounds).