Adicionar uma bateria auxiliar, além de aumentar a segurança do sistema, aumenta o rendimento do som automotivo e possibilita utilizá-lo por mais tempo.
Quando é necessário o uso de bateria auxiliar?
Recomenda-se usar quando se tem um módulo de mais de 400-800w rms, onde a bateria original do veículo não “suporta” alimentar módulos mais fortes, diminuindo o desempenho do sistema e aumentando os riscos de segurança.
1ª Dica: Caso utilize por várias horas é essencial repor energia das baterias utilizando um carregador ou fonte (clique aqui e veja como saber a qual fonte usar no som automotivo).
2ª Dica: Utilize a bitola de cabos de energia de tamanho igual ou maior que o recomendado pelo fabricante. Quanto maior a bitola, mais energia passa pelo cabo. Não adianta ter energia, se ela não chega até os amplificadores (clique aqui e veja como calcular a bitola do cabo de som automotivo).
Como instalar
– Encontre um buraco que ”liga” o compartimento do motor e a parte interna do carro para passar o fio. Certifique-se por ali não irá entrar água e caso haja movimentação do cabo o metal não irá cortar a proteção do cabo. O ideal é vedar o local com cola quente ou silicone.
– 1º método de ligar a bateria: Passe um cabo positivo para a bateria auxiliar.
Conecte o cabo no polo positivo da bateria auxiliar (coloque um terminal olhal para facilitar a instalação) e isole a outra ponta do cabo.
Pode optar por ligar o cabo no positivo da bateria do cofre por último, para ter maior segurança ao passar o cabo pelo carro não dar nenhum curto, caso a ponta de cobre encoste em alguma parte metálica.
*Depois você terá que aterrar o polo negativo da bateria auxiliar.
2º método de ligar a bateria: Passe um cabo positivo e um cabo negativo para a bateria auxiliar.
Este método também funciona, porém, dependendo da distância entre as baterias irá gastar mais.
A vantagem deste método de ligação é que tem menor risco de ter ruídos no sistema (pois tem menos aterramentos) e dependendo do sistema, terá melhor qualidade no aterramento, já que a “condutibilidade” do fio de cobre é bem maior que a do material que é feito o chassis ou lataria do carro.
Veja na foto a seguir, qual dos dois jeitos é mais recomendável a você (lembrando que dependendo do sistema, e quantidade de baterias, poderá utilizar as duas maneiras:
O importante saber é: independente do esquema de ligação que realizar, a voltagem continuará a mesma (veja: o que é ligação em paralelo?) de de 12,6v, mas as amperagens vão ser somadas (na teoria, pois ainda tem algumas perdas).
– Passe o cabo pela lateral inferior do carro, escolha certo qual lado irá passar, pois no outro terá que ser passado o cabo RCA. Se passar os dois juntos, terá um alto risco de ter ruídos em seu sistema de som automotivo.
– Encontre um bom local de Aterramento, lixe-o e retire qualquer interferência no contato à lata do carro, como pintura e/ou plásticos.
*Use a mesma espessura do cabo positivo para ligar o cabo no aterramento o carro ao negativo da bateria.
– Coloque o disjuntor ou porta fusível em um local acessível.
– Ligue o positivo (com o disjuntor ou fusível) no positivo da outra bateria (certifique se que a outra ponta do cabo positivo esteja isolada ou o disjuntor desarmado).
– Ligue o positivo na bateria da frente. Tome cuidado para não ”desligar” a bateria do sistema elétrico do carro, pois a central do carro vai ”reiniciar”.
Pronto! Agora é só ligar o disjuntor (caso tenha usado ele).
O ideal é dar uma erguida no volume para testar o disjuntor ou fusível, no caso, eles não podem desarmar ou queimar.
Para testar mesmo se as baterias estão interligadas, basta colocar um multímetro ou voltímetro na bateria auxiliar e ligar o carro, se a tensão subir para algo em torno de 13,8v, está tudo ok!
Dúvidas frequentes
Quantas baterias/amperes usar no total? Som Automotivo
(clique aqui e veja o post completo: Quantos amperes (baterias) utilizar para o meu Som Automotivo? Módulo)
Verifique o consumo musical do amplificador, que é a amperagem “pedida” para ele trabalhar tranquilamente.
Geralmente a ”regra” é de 50 amperes a cada 1000 rms (amplificador digital). Baterias de marcas melhores, fazem a diferença.
O valor do consumo musical do amplificador indica o quando de energia o módulo precisa para mandar o valor em rms máximo do amplificador.
Lembre-se: o módulo só é um transformador de energia, não tem “potência”, quem tem a potência é a bateria (energia).
Ou seja, se não tem energia para o amplificador transformar, ele vai “mandar” menos rms para os alto falantes.
Por que se utiliza como base o consumo musical do amplificador?
Uma maneira simples de se saber o consumo musical do seu módulo amplificador, é dividir a potência em rms dele por 20. Caso tenha dois amplificadores, utilize como base o valor da soma dos consumos musicais.
O ideal – e mais simples – é nunca contar com os amperes da bateria do cofre na conta de amperes para alimentar o módulo (principalmente em sistemas de mais de 1000w rms). Pois:
- A bateria do cofre é projetada para alimentar somente os componentes elétricos originais do carro;
- Nem sempre ela está com 100% de carga;
- Com o tempo, a bateria perde capacidade de carga;
- Geralmente a bateria cofre fica distante da bateria auxiliar e do módulo amplificador, e ao utilizar um cabo comprido e por passar uma corrente contínua, há uma grande perda de energia;
Lembrando: Não há limite de amperes, quanto mais “baterias” utilizar, melhor.
Qual tamanho da bitola Utilizar para minha bateria?
- Quanto maior a potência em rms do módulo = mais energia o módulo ”pede” = Maior a bitola do cabo;
- Quanto maior o comprimento do cabo = maior perda de energia = Maior a bitola do Cabo
Tendo isso em mente, você pode calcular qual a bitola do fio utilizar, especificadamente para seu caso.
Resistência elétrica é a força contrária à passagem de energia pelo cabo.
Ou seja, quanto maior for o comprimento do cabo, maior terá que ser a bitola, pois mais perdas terá (por causa da resistência elétrica).
O material do cabo, onde quanto pior o condutor, maior terá que ser a bitola.
Qual o melhor material de cabo de som automotivo?
Os fabricantes de módulos amplificadores, por exemplo, utilizam como base para cálculo, o cabo feito de 100% cobre, pois ele é um excelente condutor.
Porém, existe no mercado, cabo que possuem menores quantidades de cobre e até cabos feitos de outros condutores de menor qualidade, como os cabos de cobre mais alumínio.
Qual bateria auxiliar utilizar? Como escolher
- Baterias Automotivas: Partida em carros e caminhões;
- Baterias Estacionárias: Aplicação em estações telefônicas, nobreaks e etc;
- Baterias Tracionarias: Empilhadeiras;
- Baterias para motos;
- Baterias náuticas: Barcos, lanchas e etc;
- Outras aplicações: Sistemas de câmeras de segurança, carrinhos de golfe e etc.
E de acordo com a aplicação da bateria, podemos ter modificações na mesma, para melhorar seu desempenho e vida útil.
Para ficar mais fácil de entender essas diferenças, voltadas para nosso objetivo nesse post que é a utilização em sistemas de som automotivo, vamos utilizar duas aplicações mais utilizadas para isso: as baterias automotivas e as baterias estacionárias.
E quais são as diferenças entre as baterias automotivas e estacionárias?
A principal diferença entre essas duas baterias está nas placas, onde:
- Bateria automotiva: placas mais finas e maior quantidade de placas;
- Bateria estacionária: placas mais grossas e menor quantidade de placas.
Essa diferença nas placas resulta em:
- Bateria automotiva: maior capacidade de corrente de pico;
- Bateria estacionária: maior capacidade de ciclagem.
Onde:
- Capacidade de pico: capacidade da bateria de ter descargas rápidas (em poucos segundos) quando solicitada. Ex: como na partida de um carro, que demora no máximo 3 segundos;
- Capacidade de ciclagem: capacidade da bateria de ter descargas profundas : Ex: Como na bateria do seu celular, quando está com uma porcentagem de bateria baixa (no vermelho), significa que a bateria do celular teve uma descarga profunda em relação à sua capacidade nominal.
Vale a pena lembrar que as baterias automotivas possuem capacidade de ciclagem de 10% da sua capacidade nominal, já as estacionárias apresentam capacidade de ciclagem de até 80% da sua capacidade.
E caso ocorra uma descarga mais profunda nessas baterias, temos a diminuição da capacidade das mesmas durante sua vida útil e também a diminuição da própria vida útil.
Isso ocorre por causa do processo de sulfatação.
Entusiasta há 14 anos no setor de Som Automotivo e ex-competidor SPL. Participante dos cursos EstudodoÁudio (Renan Lopes) e Curso Avançado de Áudio (MayaSounds).