Principais Erros no Som Automotivo Driver Corneta

Hoje estou aqui para dar algumas dicas em um assunto tão simples no ramo de som automotivo, que algumas vezes o pessoal acaba errando e tendo prejuízos em seus sistemas.

Veja os erros mais comuns e dicas de como melhorar seu sistema.

Vamos lá!

Erro número 1: regulagem do driver a partir do corte de frequência.

Dica : Se você regular o driver a partir da resposta de frequência dele, não terá o máximo de desempenho em questão de valor em rms aplicado, para aproveitar todo o potencial do seu driver, fique atento ao corte de frequência mínimo.

Em testes rápidos com cortes mais baixos, tem-se uma voz mais encorpada e impressão de maior volume sonoro, principalmente em sistemas sem alto falantes de médios, mas não se engane e sempre respeite as informações do fabricante, pois quando chegar a hora de utilizar por muito tempo esse driver, você poderá ter problemas.

Isso acontece, pois, para “extrair” as informações de resposta de frequência:

• se utiliza uma margem de -3dB que pode chegar à 12dB, ou seja, não é padronizado em fabricantes;
• se aplica uma potência menor em relação à potência máxima do driver.

Por isso, a informação de resposta de frequência, sempre fica mais ampla que o corte recomendado, principalmente no corte HPF, onde é a região das frequências mais “baixas” que o driver reproduz e que proporciona maior esforço mecânico.

Como regular um Driver de Som Automotivo?

Para tocar em uma festa durante horas com menor risco de queima e com o máximo de potência aplicada nele, é recomendável seguir corte mínimo sugerido do modelo em questão.

O corte pode se feita de maneira mais barata, utilizando um capacitor, veja: Como escolher o capacitor para o driver de som automotivo?

Ou pode ser feita a partir de um crossover, ou processador.

Há vários tipos de driver de som automotivo no mercado, e os cortes podem de diferentes de acordo com as características principais do modelo.

Exemplos de corte para drivers de som automotivo

Driver fenólico:

• 1 Polegada: mínimo de 650hz até 5000hz
• 2 Polegadas: mínimo de 500hz até 5000hz.

Driver Titânio:

• 1 Polegada: mínimo de 800hz até 20000hz
• 2 Polegadas mínimo de 700hz até 20000hz

Erro 2: Esperam o valor em rms Máximo do Driver em qualquer corte HPF.

Os valor em rms aceito pelo driver, pode alterar de acordo com o corte.

Dica: Quanto maior o corte HPF, mais potência terá do driver.

Veja um exemplo da D-250x JBL, onde ao subir o corte inicial, a potência aplicada aumenta. de 75 rms para 100 rms.

Isso acontece com qualquer driver, pois, ao receber menos frequências para reproduzir, ele consegue trabalhar com mais energia.

Porém, se aumentar muito o corte, chegará à um ponto no qual ele não será tão eficiente, logo, sempre fique atento às informações da fabricante.

Erro 3: Não levar em conta a resposta da corneta no projeto do sistema.

A abertura da corneta serve para melhorar a eficiência do driver na reprodução do som. por isso, diferentes tipos de cornetas vão proporcionar resultados diferentes.

Dica: Preste atenção nas especificações técnicas da corneta/lente que irá utilizar.

Cada corneta possui um determinado desempenho e saber qual é a que casa melhor com o seu sistema, vai te proporcionar maior eficiência e qualidade.

Uma corneta curta, por exemplo, tem um ponto de crossover mais alto. uma corneta longa, tem ponto de crossover mais baixo.

Veja um comparativo da corneta 11-25 curta e 14-25 longa, ambas para drivers de 1 polegada.

Onde temos, no exemplo:

Na curta temos uma resposta inicial em 620 hertz, e ótimo desempenho a partir de 1000hz.

Na longa temos uma resposta melhor nas baixas, tendo uma resposta inicial em 400hz e ótimo desempenho a partir de 800hz.

Aliar as informações da fabricante do driver e da fabricante da corneta, é a chave para ter mais desempenho do seu sistema de som automotivo.

Dica 4: Utilizar drivers e tweeters no mesmo canal.

Em sistemas básicos, é comum ligar o driver e tweeter juntos no mesmo canal com a utilização de capacitores, o que proporciona um excelente custo-benefício.

Pode utilizar driver e tweeter em um mesmo canal? Sim.

Porém, se procura desempenho, o ideal é ligá-los separadamente para fazer o corte correto LPF no driver.

Fique atento também, no casamento de impedância, caso a impedância final fique muito baixa, o módulo vai mandar mais distorção, aumentando o risco de queima.

Erro 5: Não planejam corretamente o posicionamento dos drivers no sistema.

As frequências que o driver trabalha, são muitos sensíveis quando a questão é eficiência.

Fique atento à alguns pontos:

São extremamente direcionais, então não deixe os drivers voltados para cima ou para dentro.

Assim como em sua altura no sistema, quanto mais alinhada aos ouvidos do público, melhor seu desempenho.

As frequências mais agudas, possuem ondas sonoras mais curtas, Posicionar uma um pouco mais a frente da outra, sem a devida regulagem, pode gerar muitos cancelamentos.

Outra questão no cancelamento, é o acoplamento do sistema, por isso, em projetos mais simples, o ideal é posicionar os drivers mais próximos.

Depois de estarem próximos, temos problemas de dispersão e interação em um sistema externo, logo, uma maneira simples para solucionar esses problemas é posiciona-los verticalmente.

Para melhorar o entendimento, vamos à dois exemplos em um sistema externo 4 vias com uma D250-x:

Onde temos além do driver, um alto falante de grave, um médio e um super tweeter.

Se eu utilizar um alto falante subwoofer, os pontos de crossover vão ficar mais baixos, então posso escolher uma corneta longa e cortar em torno de 800hz HPF e 5000 LPF.

Se eu for utilizar um woofer no grave, os pontos de crossover vão ficar mais altos, então posso utilizar uma corneta curta e cortar a partir de 1000hz HPF e 5000 LPF.

Em ambos os projetos, utilize um processador ou crossover; projete seu sistema posicionando os drivers voltados para frente, verticalizados e próximos.

Em projeto mais complexos e com aparelhos de medição, pode se modificar a gosto do usuário e experiência do mesmo.