Por que o Paredão Estranho é tão Forte?

Os projetos diferentes feitos pelo dono do Paredão Estranho, mexem com as cabeças dos apaixonados por som automotivo.

 

E em 2019, com rachas de som e seu sucesso nas mídias sociais, acabou se tornando uns dos sistemas mais conhecidos do Brasil.

Mas afinal, qual o segredo do Paredão Estranho ser tão forte?

Vamos mostrar neste post, alguns fatores que o fazem competir até mesmo com sistemas maiores.

A resposta de uma maneira mais simples, é que o Thiago, Dono do Paredão Estranho, além da boa capacidade de investimento, busca conhecimento, tendo boas ideias e disposição para testar tudo o que coloca no sistema.

Fazendo com que ele consiga verticalizar o processo de planejamento, produção e montagem, dando mais autonomia na criação do projeto, assim como nas mudanças e melhorias a serem feitas.

Desta forma, temos, coisas novas surgindo.

Vamos ver então, na nossa opinião, de maneira mais técnica, porque o paredão é tão forte.

Tem um conceito de ser um sistema som compacto na sua parte frontal, com os alto falantes das vias extremamente juntos, facilitando o acoplamento das vias e proporcionando menos perdas sonoras.

O principal exemplo disso, é a coluna de drivers.

É uma quantidade de incríveis 72 drivers, essa quantidade geralmente não existe em até paredões com o dobro ou o triplo da área frontal.

Isso, que somados à:

• utilização de ímãs de neodímio (que são 3x vezes mais fortes que o de ferrite comum e são bem mais caros);
• reparos importados de poliimida, que suportam mais energia que os de titânio (ninguém conhecia no mercado brasileiro);
• drivers de 1 polegada, conseguem melhor aproveitamento de espaço, além de não afetar tanto a parte estética;
• guias de ondas únicas, que proporcionam melhor rendimento que cornetas ao ser utilizadas em grandes quantidades (ninguém tem igual, pois ele que fez).

Temos uma resposta de muita pressão sonora nas frequências na qual o ouvido humano tem maior sensibilidade, que é a região da voz.

Na região dos médios, temos:

• caixa selada para aumentar a frequência de trabalho dos médios;
• plug de fase feito em máquina CNC aumentando o acoplamento das frequências (único também e difícil de se fazer corretamente);
• ventoinhas traseiras para diminuir a temperatura da bobina e a compressão por potência, aumentando o rendimento na utilização durante várias horas;
• médios todos juntos para melhor acoplamento e em uma boa altura.

Os alto falantes são os elementos mais comuns nessa parte, porém, não escaparam dos testes para melhorias, onde em um deles colocou um plug de fase de alumínio.

Na parte dos graves de 15 polegadas:

• os dutos triangulares, são exatamente as sobras das partes onde a área circular do cone não pega, ocupando pouco espaço frontal, além de fornecerem ótima rigidez estrutural;
• as caixas são extremamente profundas, fazendo com que a grande quantidade de ar dentro do horn funcione como um peso para o alto falante empurrar, conseguindo descer bastante a frequência;
• a posição dos graves próximos ao chão, melhora o desempenho das frequências baixas, pois diminui a área do espaço. Isso é muito utilizado em medições de pancadão, onde se utiliza suspensão à ar para aproximação com o solo, ou coloca-se a caixa literalmente no chão.

Além dos testes feitos com os alto falantes, temos os testes feitos com os amplificadores, utilizando quantidades de alto falantes pouco comuns e que não casam corretamente a impedância com a do módulo amplificador, onde de acordo com o Thiago, conseguiu uma melhor musicalidade.

O sistema de multiprocessamento, permite melhor direcionamento do sistema de acordo com o posicionamento do paredão no racha de som, além disso, o sistema basculante consegue direcionar os alto falantes um pouco mais para o chão, caso o público estiver muito próximo e o racha for de frente.

Na parte de energia, a escolha foi a utilização de módulos alta tensão, conseguindo 3 sistemas de alimentação: o de geradores, o de fontes e o de baterias.

Aliados com a utilização de super capacitores, pouco comum de ser utilizado nesse tipo de som, proporcionam um ótimo desempenho ao paredão.

O projeto foi totalmente feito antes em 3d e depois executado. E para chegar nesse resultado final também, o Paredão Estranho já teve sua versão número 1, na qual foi modificada quase que por completo e está como é hoje.

Estas características juntas, fazem com que o paredão tenha uma elevada pressão sonora na frente dele, seja de perto ou longe, conseguindo se adaptar de acordo com o racha de som ou evento.

Onde até mesmo alguns fatores secundários foram considerados, como a facilidade de manutenção, a possibilidade de chuva etc.

A evolução do projeto é constante, e pode ser percebida principalmente no novo projeto que está sendo feito, o Caminhão estranho.

Em relação ao paredão, ele agora está com algumas diferenças notáveis, como:

• coluna de drivers no meio;
• colunas de médios em angulo;
• caixa de alto falantes isobárica;
• estrutura do caminhão em aço inox, para menor peso;
• melhorias no sistema de alternadores;
• suspensão à ar.

Além disso, ainda conta com outros detalhes diferentes no acabamento, como os novos Leds no médio e ACM na caixa de graves.